Autores: Felipe Athayde Lins de Melo, Taylon Bezerra da Silva, Fernanda Natasha Bravo Cruz, Doriana Daroit.
Os problemas crônicos do sistema prisional brasileiro impactam não somente as pes-soas privadas de liberdade, mas também os servidores penitenciários. Nesse contex-to, agentes penitenciários propuseram sua integração às forças de segurança pública através da criação da polícia penal. Este artigo demonstra como os principais atores envoltos realizaram suas articulações e disputas no processo da criação da nova car-reira policial, baseando-se na abordagem da Teoria Ator-Rede de Bruno Latour. Neste ensejo, realizou-se a cartografia das controvérsias da criação da carreira de policial penal, verificando o surgimento da carreira enquanto viabilização de um referencial securitista das políticas penais. Diversos atores, incluindo aqueles que entendem que é necessário trabalhar de modo prioritário nas políticas públicas sociais e assistivas para as pessoas privadas de liberdade têm questionado esse processo.